Presidente dos EUA deu mais detalhes durante entrevista à ‘Fox News’ sobre os EUA assumirem o território palestino no pós-guerra, plano amplamente rechaçado pela comunidade internacional. 6d3u4u
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os palestinos que seriam removidos da Faixa de Gaza de acordo com seu plano não teriam direito de retornar ao território.
Falando sobre seu plano dos EUA “assumirem” Gaza no pós-guerra, em que o país compraria o território e removeria os palestinos, Trump foi além e disse em entrevista à TV americana “Fox News” que “ele seria dono” de Gaza.
Perguntado pelo repórter se os palestinos retirados de Gaza pelos EUA teriam o direito de voltar ao território caso quisessem, Trump respondeu que não, sob a justificativa de que eles não iriam querer retornar ao local.
“Não, [os palestinos] não poderiam [voltar]. Porque eles vão ter condições de moradia bem melhores. Estou falando sobre construir um lugar permanente para eles, porque se tiverem que voltar agora demoraria anos para poderem voltar, não está habitável. Acho que consigo fazer um acordo com a Jordânia e o Egito, damos bilhões e bilhões de dólares por ano [para eles]”, afirmou Trump.
Na fala, o presidente dos EUA voltou tratar Gaza sob uma perspectiva imobiliária, no sentido de criar uma “Riviera do Oriente Médio”, mas sem levar em consideração o sentimento de pertencimento dos palestinos com seu território.
“Vamos construir comunidades bonitas e seguras para os 1,9 milhão de pessoas [de Gaza] um pouquinho longe de onde eles estão agora, onde fica todo esse perigo. No meio tempo, seria o dono disso [Gaza]. Pense nisso como um empreendimento imobiliário para o futuro. Seria um pedaço de terra lindo, sem grandes quantias gastas”, afirmou o presidente dos EUA.
Trump revelou seu plano dos EUA assumirem o controle de Gaza durante pronunciamento ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na semana ada. A ideia seria o país manter uma “posição de posse de longo prazo” sobre território, e indica que tem interesse de o explorar economicamente.
Os EUA são os maiores aliados de Israel, que trava guerra contra o grupo terrorista Hamas em Gaza desde outubro de 2023. Um cessar-fogo no conflito, que inclui a libertação de todos os reféns israelenses e tem como objetivo finalizar a guerra, está em vigor desde 19 de janeiro.
Hamas diz que vai atrasar libertação de reféns prevista para sábado (15) até novo aviso; Israel fala em violação do acordo de cessar-fogo
Decisão foi divulgada nesta segunda-feira (10) pelo porta-voz do braço armado do grupo extremista palestino em comunicado. Ministro da Defesa israelense disse que pediu para militares ‘se prepararem para o mais alto nível de prontidão em Gaza’. 5s5e39
O porta-voz do braço armado do Hamas informou que o grupo extremista palestino irá atrasar a libertação de reféns planejada para o próximo sábado (15) até novo aviso, através de um comunicado divulgado no Telegram nesta segunda-feira (10).
Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, justificou a decisão afirmando que, nas últimas três semanas, Israel cometeu violações e não cumpriu termos do acordo de cessar-fogo, enquanto o Hamas “cumpriu todas as suas obrigações”.
Após a divulgação do comunicado, o ministro da Defesa de Israel afirmou que a paralisação da entrega de reféns é uma violação do cessar-fogo e também fez um anúncio: disse que instruiu os militares a se prepararem para o mais alto nível de prontidão em Gaza e para defender as comunidades.
A última liberação ocorreu na manhã deste sábado (8). Mais três reféns israelenses foram devolvidos pelo grupo após dias de incerteza sobre a continuidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas,
A libertação chegou a ficar ameaçada após as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que os EUA devem tomar o controle da Faixa de Gaza após a guerra
Foram libertados neste sábado pelo grupo terrorista:
- Ohad Ben Amie Eli Sharabi, ambos feitos reféns durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.
- Or Levy,sequestrado no mesmo dia na festa rave que acontecia no sul de Israel no momento do ataque.
Pela primeira vez, o Hamas montou uma espécie de palco para exibir os reféns antes de devolvê-los à Cruz Vermelha — que faz a intermediação da devolução dos dois lados. Os três israelenses libertados aparentavam estar mais magros, vestiam a mesma roupa (um conjunto de moletom marrom) e exibiam uma espécie de certificado (veja vídeo acima).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a devolução e disse que não iria “ignorar o que foi visto”.
Em troca, Israel libertou 183 prisioneiros palestinos. Entre eles, estão condenados por envolvimento em ataques que mataram dezenas de pessoas, incluindo 18 que cumprem sentenças de prisão perpétua e 111 detidos em Gaza durante a guerra.
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