É no mínimo preocupante que um líder de uma nação que se autoproclama um bastião da democracia adote posturas autoritárias, desrespeite acordos internacionais e promova políticas que violam direitos humanos. Durante seu mandato, Donald Trump demonstrou repetidamente uma postura incompatível com os princípios democráticos, muitas vezes agindo unilateralmente, ignorando instituições e promovendo a polarização social. 6k40j
Sua retórica e ações contra imigrantes, incluindo a política de separação de famílias na fronteira com o México, causaram indignação internacional. Milhares de crianças foram separadas de seus pais, mantidas em condições desumanas em centros de detenção, gerando traumas duradouros. Ao invés de distinguir casos isolados de criminalidade, Trump generalizou acusações e fortaleceu a xenofobia, tratando imigrantes — inclusive brasileiros e latino-americanos em geral — como ameaça, desconsiderando suas contribuições econômicas, sociais e culturais aos Estados Unidos.
Além disso, Trump enfraqueceu o compromisso dos EUA com acordos globais cruciais, como o Acordo de Paris sobre o clima, promoveu a desinformação durante a pandemia da COVID-19, e incentivou discursos divisionistas sobre questões raciais e de justiça social. Seu posicionamento diante de protestos pacíficos foi marcado por repressão, enquanto se mostrava complacente com grupos extremistas internos.
Internacionalmente, sua política externa agressiva tensionou relações com aliados históricos e fortaleceu regimes autoritários. Ao elogiar líderes como Kim Jong-Un e Vladimir Putin em diversas ocasiões, enquanto atacava instituições democráticas e a imprensa livre, Trump revelou afinidade com práticas autoritárias que ele próprio afirmava combater.
A visão de um presidente que busca ditar regras não apenas para seu próprio país, mas para o mundo, contradiz os valores que os Estados Unidos afirmam representar. O chamado “sonho americano” tem se tornado um pesadelo para muitos imigrantes e para minorias, diante de políticas excludentes, discursos de ódio e da marginalização sistemática de determinados grupos.
É importante destacar que muitos cidadãos americanos não compactuam com essas atitudes e têm se mobilizado constantemente em defesa da democracia, dos direitos civis e da inclusão. A esperança de um país mais justo e plural permanece viva na resistência daqueles que lutam por mudanças reais.